quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Violência Momesca

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Algumas pessoas vem sempre me pedindo que eu escreva sobre violência, bem, informo a todos que eu também ainda fico chocado com as notícias sobre violência, realmente é um problema que assusta, não só no âmbito municipal, mas em todo o país.
Ouvi outro dia num programa de televisão que 1 pessoa é assassinada a cara uma hora e meia no Rio de Janeiro. Dados como esses realmente assustam, impressionam, e, quando pensamos na frieza e no modo como agem os bandidos, ficamos mais estarrecidos.
Mas vamos pensar violência com um pouco mais de naturalidade, afinal, o que fazem os políticos brasileiros é uma espécie de violência a qual deixamos passar em branco. Como já falei no "post" anterior, nós assimilamos a cultura da corrupção e achamos que tudo são só "pequenos desvios de personalidade".
Pois então falemos da violência no carnaval. Morando numa cidade que tem como mote principal "o melhor carnaval do planeta", não posso fechar os olhos pra violência momesca. Não pensem vocês leitores que a violência carnavalesca em Salvador acontece somente nos dias de folia, muito pelo contrário, ela começa bem antes disso.
O comécio que é feito na cidade com a venda de abadás e camarotes, gera uma espécie de violencia silenciosa. Não são poucos os casos de pessoas que foram assaltadas saindo dos locais de entrega dos ingressos e vestimentas dos blocos e camarotes, como também chegando em casa portando suas fantasias. Ah, devo atentar também que não é um crime novo, há muito tempo que já sabemos que tal violência acontece aos portadores dos objetos de cobiça dos bandidos. Na realidade, é essa violência que alimenta o "cambio negro" momesco. Basta ir num dos locais de comécio paralelo de fantasias que estarão lá vários produtos de roubos e assaltos. Os bandidos vem a cada ano evoluindo nos seus métodos de abordagem às vítimas. Eles hoje usam motocicletas e agem normalmente em duplas, o que quer dizer que eles precisam ser mais lucrativos em cada abordagem, pois tal lucro será dividido entre os mesmos.
Antes, achávamos que se fossemos de carro aos locais de entrega dos abadás, estaríamos livres de asslatos, uma vez que, dentro do carro, poderiamos nos defender, mas, acreditem, ir de carro já não é mais uma opção para fugir à esse tipo de violência. Os bandidos hoje abordam as pessoas dentro dos carros, com armas cada vez mais potentes e destruidoras.
Além da perda, muitas vezes de um investimento feito por um ano que vai-se em questão de segundos, ainda continuamos expostos aos outros tipo de violência nas ruas e até mesmo dentro de casa, nos dias de folia, sem falar no dano psiquico.
Precisamos repensar o carnaval, a sociedade e o valor da vida, pois os nossos filhos estão crescendo e, muito provavelmente, não estão preparados para a violência que nos aborda a todos os momentos, sem contar que, podemos começar a pensar em não haver mais carnaval.

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