quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Reflexões sobre covardia e covardes

Apois,

Pessoas, tenho observado muito o comportamento das pessoas, acho que isso não tem me trazido bons resultados, quando eu olhava o cotidiano era bem mais fácil escrever. Bem, mas já que tenho praticado a observação do comportamento humano, um tema me chama muito a atenção. Não sei se vocês vão concordar comigo, por isso peço de antemão que assim que ler esse "post" deixem o ponto de vista de vocês, prometo que publico todos. O tema é covardia, estive pensando e analisando a covardia e cheguei à conclusão que um covarde é capaz de coisas surpreendetes. Olhem, não estou falando sobre os medrosos, mesmo porque concordo que é o medo que nos mantém vivos. Já a covardia ela não tem limites. O covarde nunca assume as suas responsabilidade, sempre procuram alguém pra jogar a culpa pelos seus erros, eles não assumem compromisso e nem responsabilidades, passam o tempo todo procurando um responsável pelas suas culpas. Temos exemplos históricos de medrosos, e o mais emblemático que me vem à cabeça nesse momento é Pedro, apóstolo de Cristo, ele o negou por três vezes, segundo a bíblia, mas não por medo, e sim por ser um covarde. Claro que o medo em algumas ocasiões acompanha a covardia, mas não necessariamente, a grande maioria das vezes, a covardia se vale do status quo para se justificar. Se formos partir pra exemplos de covardes na política, creio que um encontraremos uma presença marcante deles. São pessoas que não pensam em mais nada além do próprio bolso, e abrir mão de determinados confortos não está na idéia de nenhum deles. Um covarde não luta, ele trapaceia, ele mente, desvirtua o comportamento de toda uma sociedade. É com desprezo que olho pra esse tipo de gente, mesmo tendo que, muitas vezes, conviver com um ou vários deles, afinal eles também estão no cotidiano de todo mundo, até no deles mesmos. Um compositor já disse que "é preiso perdoar o chato", mas o covarde não. Covarde não tem perdão, mesmo porque perdoar não é uma de suas qualidades. Bem, pessoas, é isso o que penso, e vocês?

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Eu vou de Mudança

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Pessoas, o título desse “post” é bem sugestivo, mas a mudança da qual estou me referindo não é uma mudança política ou sequer outro tipo de mudança corriqueira. O que quero expor aqui é a minha adesão incondicional ao “bloco” Mudança do Garcia. Pois bem, esse bloco foi criado há anos aqui na cidade de Salvador, e tem como objetivo único as mais diversas formas de protesto. Sem sombra de dúvida foi o ambiente mais democrático e pacífico que já presenciei. Lá há pessoas protestando contra tudo e contra todos, é o que posso chamar de “Sucursal do Nada Presta”. O que vale lá é simplesmente protestar. Assim sendo, é óbvio que esse bloco não tem patrocinador, ou as vezes até tem, as empresas que são alijadas do processo momesco, se aproveitam do bloco pra fazer seus merchans. O impressionante é que a democracia que existe dentro do bloco, e que deveria ser a mesma de todo o carnaval, vem sendo a todo momento colocada pra trás. Um bloco como o Mudança deveria ter total liberdade de desfilar em frente ao palanque oficial do carnaval, aonde estão as “autoridades” do mesmo modo que as outras agremiações, mas não, o que vemos é uma proibição, exigida inicialmente por um tal crooner careca, como citou em seu twitter o publicitário baiano Nizan Guanaes. O tal crooner em um determinado ano achou que foi prejudicado pelo Mudança na sua apresentação, uma vez que ele teve que adiar por alguns instantes o seu desfile. Ora, mas teoricamente o carnaval não é uma festa popular? Ou será que já privatizaram o carnaval de Salvador como fizeram com o do Rio de Janeiro?
Penso que os senhores donos de blocos e cantores de bandas (nem sempre são crooners, as vezes tem coisa muito pior) deveriam respeitar mais o povo que lhe dão fama e, diga-se de passagem, muito, mas muito dinheiro. O que vemos nos dias de hoje é um desrespeito para com o povo. O carnaval é feito para o povo. Tenho certeza que quando os senhores Dodô e Osmar pensarem e desenvolveram o Trio Elétrico, há 60 anos atrás, com certeza eles não pensaram no sucesso comercial que teria a sua obra prima, tanto que nem sequer registraram a sua patente. A idéia era que o povo se divertisse na folia. Mas o comércio tomou conta do Trio Elétrico, colocaram uma corda ao redor dele com muita segurança, se apropriaram do espaço público, e que se dane o povo.
O que acha de refletirmos melhor antes de pagar por um abadá?

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Violência Momesca

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Algumas pessoas vem sempre me pedindo que eu escreva sobre violência, bem, informo a todos que eu também ainda fico chocado com as notícias sobre violência, realmente é um problema que assusta, não só no âmbito municipal, mas em todo o país.
Ouvi outro dia num programa de televisão que 1 pessoa é assassinada a cara uma hora e meia no Rio de Janeiro. Dados como esses realmente assustam, impressionam, e, quando pensamos na frieza e no modo como agem os bandidos, ficamos mais estarrecidos.
Mas vamos pensar violência com um pouco mais de naturalidade, afinal, o que fazem os políticos brasileiros é uma espécie de violência a qual deixamos passar em branco. Como já falei no "post" anterior, nós assimilamos a cultura da corrupção e achamos que tudo são só "pequenos desvios de personalidade".
Pois então falemos da violência no carnaval. Morando numa cidade que tem como mote principal "o melhor carnaval do planeta", não posso fechar os olhos pra violência momesca. Não pensem vocês leitores que a violência carnavalesca em Salvador acontece somente nos dias de folia, muito pelo contrário, ela começa bem antes disso.
O comécio que é feito na cidade com a venda de abadás e camarotes, gera uma espécie de violencia silenciosa. Não são poucos os casos de pessoas que foram assaltadas saindo dos locais de entrega dos ingressos e vestimentas dos blocos e camarotes, como também chegando em casa portando suas fantasias. Ah, devo atentar também que não é um crime novo, há muito tempo que já sabemos que tal violência acontece aos portadores dos objetos de cobiça dos bandidos. Na realidade, é essa violência que alimenta o "cambio negro" momesco. Basta ir num dos locais de comécio paralelo de fantasias que estarão lá vários produtos de roubos e assaltos. Os bandidos vem a cada ano evoluindo nos seus métodos de abordagem às vítimas. Eles hoje usam motocicletas e agem normalmente em duplas, o que quer dizer que eles precisam ser mais lucrativos em cada abordagem, pois tal lucro será dividido entre os mesmos.
Antes, achávamos que se fossemos de carro aos locais de entrega dos abadás, estaríamos livres de asslatos, uma vez que, dentro do carro, poderiamos nos defender, mas, acreditem, ir de carro já não é mais uma opção para fugir à esse tipo de violência. Os bandidos hoje abordam as pessoas dentro dos carros, com armas cada vez mais potentes e destruidoras.
Além da perda, muitas vezes de um investimento feito por um ano que vai-se em questão de segundos, ainda continuamos expostos aos outros tipo de violência nas ruas e até mesmo dentro de casa, nos dias de folia, sem falar no dano psiquico.
Precisamos repensar o carnaval, a sociedade e o valor da vida, pois os nossos filhos estão crescendo e, muito provavelmente, não estão preparados para a violência que nos aborda a todos os momentos, sem contar que, podemos começar a pensar em não haver mais carnaval.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Então, fechemos os olhos... e digamos Amém.

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Bem, não sei se eu é que realmente sou um cara chato, ou se o meu momento não tá sendo dos melhores, ou se eu realmente tenho razão (se é isso o que eu pretendo), mas algumas análises feitas do cotidiano tem sido muito radical, tenho olhado as coisas, as pessoas, as atitudes, de um forma muito racional, as vezes penso até que radical demais. Mas, enfim, como todo mundo, eu também tenho sangue correndo nas veias, eu tb tenho sentimentos, e mesmo, muitas vezes querendo estar aqui unica e exclusivamente como obeservador, as vezes não consigo, por mais que eu tente.
Sei que estar aqui fazendo uma análise do comportamento humano, posso ser generalista, mas a conclusão a qual chego é que, todo mundo está olhando somente pro seu próprio umbigo, estamos nos tornando cada vez mais egoistas, então penso que é ambíguo escrever um post como o da semana passada, será que tem alguém relamente ligando pro que tá acontecendo no Haiti? Creio que não, não temos mais tempo para esse tipo de discursão, para esse tipo de questionamento. Tá todo mundo muito preocupado com o que irá acontecer no carnaval, ainda mais aqui na Bahia, a terra em que o ano só começa na quarta-feira de cinzas.
O que questiono a mim mesmo é a presença quase imperceptível da nossa omissão. Espero que quem leia esse post não venha a achar que eu estou me colocando fora da situação, eu também sou omisso muitas vezes, eu tb sou egoísta e, podem ter certeza, que estou preocupado com a quantas bocas vou beijar nas ruas de Salvador no período momesco, mas não deixo de refletir sobre a minha omissão. Um amigo outro dia me disse que esse tipo de questionamento é "masturbação mental", mas a verdade é que toda as vezes que viramos as costas para as injustiças que estão acontecendo aos nosso olhos, nós estamos compactuando, achando correto, tomando a nossa decisão, estamos concordando com a injustiça. Somos corruptos por natureza. Temos a visão mesquinha de que corrupção são só os grandes políticos que estão passiveis, não, eu não penso assim, somos corruptos quando furamos uma fila pra tirar a vantagem de economizar tempo, daí em diante, o jeitinho brasileiro é pura corrupção. Estamos sempre querendo nos beneficiar de alguma forma, mas criticamos os mensalões da vida, mas é a mesma corrupção que cometemos todos os dias e nem percebemos. Alguns chamam o nosso "jeitinho brasileiro" de desvio de condulta, não é verdade, é corrupção mesmo. Não devemos ficar apontando os erros dos outros quando nós também temos os mesmos defeitos.
É, pessoas, realmente chego a conclusão de que eu sou muito, mas muito chato mesmo. Ainda assim prefiro continuar fazendo esses questionamentos sobre a minha personalidade a todos os momentos do meu tempo, antes que ele se esgote e eu além de corrupto, omisso, radical, chato, também seja cínico.