quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

É... a vida...

Apois,
As vezes fico pensando coisas à toa, as vezes tô estudando, mas o certo é que a todo momento tô pensando em alguma coisa, em alguém, em alguma situação. As vezes dou rizada sozinho dentro de um ônibus lotado revivendo cenas do cotidiano. Sempre procuro sentir prazer nos meus pensamento, mas o que quero relatar nesse “post” foi um momento indescritivel que tive outro dia confrontando dois Fernandos diferentes. Sei que o assunto é meio complicado, mas como sou interiorano, muitos podem pensar que sou um besta. As pessoas da capital são estranhas, são distantes, são trancadas no seu mundo interior, no seu superego passional. Imaginando minhas duas vidas, sim, poque quando vim de Ilhéus pra cá pra Salvador, eu era uma outra pessoa, cheio de ideais interiorano da visão do lúdico da capital. Ledo engano, a capital é completamente difernte do que imagina alguém que vem do interior. As chances de se adaptar a isso que chamamos de “viver na capital” são muito remotas. Alguns interioranos passam a viver com a cabeça na cidade mãe, nos amigos que ficaram lá, muitas vezes nos preocupamos tanto em não romper laços com o interior que muitos acabam voltando, e com toda razão. A vida no interior é completamente diferente. Que não leia esse “post” a minha mãe. Ela sempre me diz que amigo e honesto só existe no dicionário, eu venho a contradizê-la, mostrando que a idéia que se tem de amigo, é o que vemos no interior, aqui eles realmente não existem, e se existem estão escondidos. Parece brincadeira, mas as reuniões dos amigos do inteior parecem aquelas reuniões de imigrantes de outro país que moram todos no mesmo local. Cada um quer saber o que tá se passando com o outro e o assunto é, quase sempre, Ilhéus. São as notícias do interior que embalam a cervejinha gelada, o papo sem fronteiras. A vida no interior é mais intensa, é mais gostosa... chega de saudosismo. Eu prometo que não vou deixar de amar vc´s.

2 comentários:

  1. Me lembrei de uma poesia de Drummond, "Cidadezinha qualquer":

    Casas entre bananeiras
    mulheres entre laranjeiras
    pomar amor cantar.

    Um homem vai devagar.
    Um cachorro vai devagar.
    Um burro vai devagar.
    Devagar... as janelas olham.

    Eta vida besta, meu Deus.

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    ...E a gente que tenta trazer essa simplicidade para cá e não consegue... Eta ideal besta, meu Deus!

    Beijo, Nine.

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  2. É engraçado quando isso acontece, tenho certeza que vc não é o único a lembrar de situações que nos trazem um riso repentino num ônibus lotado, a grandeza desses momentos as vezes passa despercebida, é interessante como o passado é bicho teimoso-está sempre presente! Quando completei 30 anos fiz uma promessa para mim mesmo, diante da escravidão financeira da capital resolvi me libertar me tornando mais "interiorano", não voltando para a área rural; mas ficando mais espiritual, valorizando o sol no rosto, o riso do cotidiano, o banho de mar renovador e os causos nordestinos que só quem é simples sabe a riqueza que é...

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