quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Nós e as gincanas.

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Pessoas, tem um tempão que não escrevo no blog, eu sei, é desleixo mesmo, pois assunto é o que não falta, ainda mais vivendo num país como o Brasil. Mas o desabafo hoje é sobre um assunto que me veio na memória e que me levou à seguinte pergunta: quando foi que deixei de gostar de gincanas?
Bem, devo dizer a todos que naõ foi só comigo que aconteceu isso. Sou um interiorano, e na cidade de Ilhéus existiam as gincanas, só pro que ainda não tem idéia do que é uma gincana, é aquela brincadeira onde pessoas fazem parte das mais diversas "equipes" e tentam resolver os pedidos as vezes esdrúxulos do organizadores. Mas o que tento expor aqui é que eu era um gincaneiro de alma, sempre fui, sempre gostei muito e lembro de as gincanas do Colégio São Jorge dos Ilhéus era o máximo. Sei lá quantos anos eu corri gincana do CSJI? Foram inúmeras, participei de várias equipes, inclusive fui fundador da temida "Equipe Raça". Senti os olhos marejarem agora. Era outros tempos, outras pessoas, outra juventude e vários ideais.
Era um momento único, creio que esperávamos chegar a semana da gincana. A cidade fervilhava. Mas o bom mesmo era no começo, só ia lá ver o cumprimento das tarefas quem estava envolvido, principalmente no primeiro dia. Já no segundo a Praça Florencio Gomes lotava, todos queriam ver quem seria o vencedor. As festas e reuniões pós gincana eram sempre muito concorridas. Cada equeipe fazia a sua festa.
Mas, quando foi mesmo que eu deixei de gostar de gincana? Não sei, não faço idéia. O mundo mudou, as pessoas mudaram e eu também mudei.
Seria um momento único reviver essas lembranças de verdade.
Esse motivo pra escrever veio à tona porque eu tô vendo acontecer uma gincana num colégio aqui proximo de casa, as equipes todas uniformizadas, o barulho infernal da torcida campeã, o locutor aos berros pedindo agitação da galera... uma festa.
Bons momento, mas a vida passa, os anos passam, a gincana a qual participamos agora é solitária, individual, cada um vivendo a sua vida de forma nem sempre responsável, mas vivendo.
Lembrança boa pra uma semana tensa. Mas, não seria ruim de tudo pensarmos num momento flash back.
Beijos.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

A história da traça...

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Pessoas, acho que ando afetado pela doença da observação. Tô observando tudo ao meu redor, estou vendo as coisas acontecerem e algumas vezes dou uma opinião, as vezes erro, é claro, mas tento ao máximo acertar.
Alguns amigos já andam até um pouco chateado comigo por causa dessa insistencia observativa que tô passando, acho que é só um momento.
Mas essa última que me ocorreu, muitos aqui vão me chamar de louco, mas eu pouco me importo, eu sou louco mesmo, já estou convencido disso.
Mas acontece que tô fazendo a maior amizade com uma traça. É isso mesmo, uma traça.
É que o digníssimo inseto resolveu habitar um cômodo da minha residência, e por incrível que pareça foi justamente o meu banheiro. É isso mesmo. Ele fica me olhando tomar banho numa posição privilegiada, de onde pode observar cada centímetro do meu corpo.
Esse senhor distinto está sempre à espreita. Quando o ví pela primeira vez, olhei-o com asco, imediatamente joguei água e ele escorrecou azuleijo abaixo. Confesso que fiquei com um pouco de remorso, mas nada que uma boa chuveirada não recupere.
Pois bem, terminado o banho, me arrumei e saí. Desliguei competamente do assunto. Resolvi o que tinha e o que podia resolver, voltei pra casa. Como sempre debruço-me durante horas sobre o computador, faço meus contatos, leio entrevistas, e nisso o calor de Salvador começa a fazer efeito, o suor começa a descer. Banho.
Olha, pra minha surpresa, está aquele infleiz inseto, galgando todo o caminho perdido. Estava lá, novamente olhando pra mim. Peguei amor pelo inseto.
Já não o abominava mais, achava um verdadeiro guerreiro que mesmo com toda a adversidade não desistia. Tomei banho sem o incomodar. Comecei a trocar uma idéia com o coiso.
Pois bem, viramos amigos. Já são alguns banhos e ele está lá. O único problema é que ele vai morrer, pois só faz andar. Não tenho a menor idéia do que dar pra ele comer.
Assim sendo, em breve perderei o amigo. Tomara que outros insetos inusitados apareçam sempre. Mas cuidado, venha só, porque se vier de galera eu vou ser enérgico.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Condomínio... haja paciência....

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Pessoas, ando meio revoltado com o condomínio. Até aí tudo bem. Mas já estou passando do limite. Meu limite acaba no elevador. Pra variar tem sempre um deles parado, ou está reformando, ou está quebrado, simplesmente. Imagine a cena: Você atrasado pra qualquer tipo de compromisso e o único elevador não chega nunca. Aí vc descobre que uma bonitinha estava segurando a porta enquanto refazia a maquiagem... já stressei. Entro no elevador com cara fechada, muito poucos amigos. Aviso de reunião de condomínio. Panfleto mal escrito e sujo. Também, alguns vândalos já rabiscaram o aviso por completo. Mas, algumas coisas nunca mudam. Já viram uma convocação de assembléia de condomínio? Claro! São todas iguais. Os síndicos fazem toda aquela descrição da pauta e no fim de tudo colocam: O que ocorrer.
Gente, o mundo mudou. Como é que vamos querer aceitar toda essa evolução social e tecnológica dos últimos anos de século XX, se as nossas instituições ainda estão no século XVIII? Não poderia ser uma expresão mais jovial, condizente com o nosso tempo? Tipo: O que rolar?
Uma ata de assembléia de condomínio é uma coisa muito sacal. Penso que toda ata é uma coisa muito sacal. Cheia de rodeios, de floreamentos pra dizer o que aconteceu naquela distinta reunião. Porque não usamos a tecnologia pra isso? Filma tudo e nada passará despercebido. Aí alguém vai dizer que o custo de filmagem é caro. Pode ter certeza que é menos caro do que o Big Brother que estão em cada um dos condomínios mundo a fora. Somos filmados e observados por todos os êngulos. Nada escapa às lentes do circuito interno dos condomínios.
Só falta a síndica querer instalar uma câmera voltada pra porta do apartamento que moro. Aí, a minha paciência já explodiu.
Fui me queixar com a síndica, por conta do problema do elevador, motivo inicial de tudo isso, e sabe o que ela me disse? Que um estava parado porque estava reformando e que o outro irá parar no carnaval. Olhei bem fundo nos olhos dela e disparei: - Irresponsável. Dei as costas e saí.
Não perco a proxima reunião de condomínio, fora que já ando insuflando uma certa parcela de moradores para irmos na tal assembléia. Já anuncio que vou barbarizar.
Não me pegue não, me deixe à vontade... o bicho vai pegar.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Duvida cruel.

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Pessoas, sei que não tenho sido muito justo com o blog, mas é que tenho passado por tempos difíceis e não quero destilar minhas amarguras aqui, pois aqui não é lugar pra isso. O blog fez aniversário e eu nem sequer escrevi nada, mas enfim, fica aqui os parabéns ao blog. Só espero que eu não passe mais tanto tempo sem escrever. Isso é uma terapia.
Mas, bem, o assunto de hoje é algo que me aflige profundamente, e mais uma vez um grande amigo me fez voltar a pensar nesse assunto: idade. Não que os meus 40 anos me deixe triste, não mesmo, muito pelo contrário, foram anos muito bem vividos, e só tenho a agradecer a Deus por tantas bençãos que recebo a cada respirar. Mas o que me deixou tão aflito é saber a que categoria etária eu pertenso.
Bem, deixa eu explicar. Conversando com esse amigo, eu cheguei a cogitar que teria que me convencer que já sou um coroa. De bate pronto ele reagiu dizendo que eu pegasse mais leve, pois eu tb não era um coroa. Isso me deixou profundamente aflito, porque se eu não sou um coroa e, ao mesmo tempo estou longe de ser um jovem, ou adulto, que seja, em que classificação etária eu estou?
Aí começamos a divagar sobre qual seria a minha situação atual. Seria eu um pós adulto ou um pré coroa? Sim, pois existem os pré adolescente, os pós adolescente que são os jovens, categoria que eu realmente gostaria de pertencer eternamente. Mas como o tempo é duro com todo mundo, envelhecer é uma arte, e eu me sinto um verdadeiro artista.
Assim sendo, seja lá pós adulto ou pré coroa, o importante é que se tenha uma vida com qualidade, com amor, com a jovialidade que cada momento exige para que possamos envelhecer sempre pensando como pessoas.
Se minha mãe chegar a ler esse "post", espero que mais uma vez ela me ajude, pois com ela tá acontecendo justamente o oposto, acho que ela descobriu a fonte da juventude, tomara que ela me ensine o caminho.
Beijos no coração de todos, e, se poderem, me ajude nessa dúvida cruel.